O Santo do Dia - Rainha Sta. Isabel (8 de Julho)

(ver anterior, dia 7)




Sta. ISALBEL RAINHA DE PORTUGAL
(8 de Julho)
Viúva
(festa de 3ª classe - paramentos brancos)

Filha de Pedro III de Aragão, Sta. Isabel de Portugal herdara o nome e as virtudes de sua tia-avó Sta. Isabel da Hungria. Casada com o rei D. Dinis de Portugal, a vida conjugal proporcionou-lhe uma série de provas que suportou com heroísmo. Por mais de uma vez se empenhou em reconciliar seus filhos com o pai. Tendo enviuvado, tomou o hábito da ordem terceira de S. Francisco e revelou inexcedível caridade para com os pobres. Morreu em 1336; o seu corpo conserva-se incorrupto.
(continuação, dia 9)

O Santo do dia - São João de Facundo (12 de Junho)

(ver anterior, dia 11)


S. João de S. Facundo
(12 Junho)
Confessor
(festa de 3ª classe - Paramentos Brancos)

S. João Gonzalez nasceu em 1430 em S. Facundo, perto de Sahagún, na Espanha. Cónego da catedral de Burgos, entrou mais tarde na Ordem dos Eremitas de S. Agostinho. Tornou-se notável pela grande devoção ao santo Sacrifício da missa e pela força de convicção que se desprendia da sua prégação. Prégava a concórdia e a paz, sendo dotado dum maravilhoso dom de pacificação, que a Igreja recorda na oração da missa. Morreu em 1479.

(continuação, dia 13)

O Santo do Dia - São Primo e S. Feliciano (9 de Junho)

(ver anterior, dia 6)


São Primo e São Feliciano
(9 de Junho)
Mártires
(Comemoração - Paramentos Vermelhos)

Primo e Feliciano são dois mártires romanos da Via Nomentana. As suas relíquias transportadas no século VII para dentro da cidade, conservam-se actualmente em S. Estevam "Rotondo" no Monte Célio.

(continuação, dia 10)

PASTORAL CONTRA-LIBERAL - D. Patrício da Silva (1832)

D. Patrício I, Cardeal Patriarca de Lisboa
(de 13 de Março de 1826 a 3 de Janeiro de 1840)

Sinopse da Pastoral do Cardeal Patriarca D. Patrício da Silva em 26 de Setembro de 1832

PATRICIUS I CARDINALIS PATRIARCHA LISBONENSIS

A todo o Clero, e a todos os fiéis súbditos do Nosso Patriarcado, saúde etc.

AMADOS filhos: ElRei [D. Miguel] meu Senhor pela Sua incomparável piedade, e zêlo da Santa Religião, não podia deixar de excitar em nossos corações a veemente dor e mágoa, que oprime o Seu, à vista das impiedades praticadas pelos rebeldes [liberais], que entraram na Cidade do Porto, perseguições e sacrilégios em todos os lugares por onde penetraram; chegando ao execrando excesso de profanarem os Templos, de os despojarem, e as venerandas Imagens, desacatando, e ultrajando as Sagradas Partículas, mas é este um dos fins detestáveis, que esses rebeldes se têm proposto em sua Expedição temerária; porque eles, como diz S. Jerónimo, por um ímpio sistema de libertinagem e ateísmo querem fazer a nossa Religião pagã. Em qual é o fim, meus amados filhos, de tantas guerras, que em nossos tempos têm assolado a Europa, senão exterminar da Terra o Cristianismo! Não atribuamos, meus amados filhos, tantas calamidades senão ao desprezo da Religião. É o Senhor, diz um Profeta, que tem pronunciado a sua sentença contra Babilónia, e decretado a sua total destruição "Contra Babylonem mens ejus ut perdut eam, quoniam ultio Domini est, ultio templi sui." E como se poderá esperar, meus amados filhos, que se ponha termo a este flagelo sem que desapareça, e se extermine da Terra esta tenebrosa seita de ímpios conjurados contra o Altar e o Trono? Mas oh! estão vendo, e não vêm; ouvindo, e não ouvem! E que vemos nós nesses facciosos do Porto? Não satisfeitos de terem levantado o estandarte da rebelião contra o Rei legítimo, começaram logo a levantá-lo contra a Majestade de Deus, e os seus Templos. Quanta malignatus est inimicus in sancto. Estenderam as suas mãos sacrílegas até ao Sacrossanto Corpo do Homem Deus!

Mas o nosso David, que o Céu suscitou entre nós no Senhor D. Miguel I, quer que façamos Preces ao Céu para o triunfo da Religião. Ele herdou o Trono por direitos incontestáveis, assim como herdou os exemplos dos Reis seus antepassados para vingar a Igreja. Desterre-se da face da Terra esta raça incrédula, ignorante, blasfema, inimiga implacável do género humano, e que presumindo saber tudo, nada sabe. Para estes fins mandamos que em todas as Igrejas do nosso Patriarcado sejam feitas Preces por três dias. Dada em Lisboa no Palácio da Junqueira aos 18 de Setembro de 1832.

Sob nosso Sinal, e Sêlo das nossas armas P. Cardeal Patriarca.

FIDELISSIMUS Info - Gafe Em Correcção

Caros leitores,

por gafe, a esmagadora maioria das publicações "Santo Do Dia" não têm a ligação para o dia depois nem para o dia antes. Porque é trabalho que demora muito, só gradualmente serão activadas as ligações respectivas.

Com agradecimento a todos pela compreensão.

MATRIMÓNIO (I)


Capítulo XXXI

Mostram-se os fins porque Deus instituiu o Sacramento do Matrimónio, e o como os mortais nos casamentos faltam a eles

1. Dos sete Sacramentos da Igreja, fontes da graça, e vazos da saúde, a nenhum tratamos (diz o Venerável Palafox) os Cristãos com menos decência, e veneração, que ao do matrimónio, e nenhum profanamos igualmente.

2. O baptismo porta da vida, e da Graça sempre se recebe com pureza; porque nem a singela alma do menino, ainda que manchada pelo pecado original, nem a vontade, e afecto dos Pais embaraça ao  Espírito Divino, que obra com aquele puro elemento misterioso despojo da má pele, que de nossos primeiros Pais herdamos, deixando-a branca, cristalina, formosa, e Santa. O Sacramento da confirmação, segundo falo da alma Cristã, não trás matéria alguma de distração; porque ordinariamente se recebe de idade tão terna, que a inocência convém bem com a Graça. O da penitência, ela mesma se diz: Penitência, dor dos pecados cometidos, emenda para o diante, a meditação precedente, a confissão verbal, faz o juízo reverente, e devoto; não há circunstância, que não obrigue a sentimento, nem memória, que não desperte a dor. A Eucaristia Santíssima, que é o Senhor dos Sacramentos Sacramentado, ainda que nunca com bastante decência recebido; porém sempre é de todo o coração dos Fiéis adorado; não há matéria alguma que não seja de reverência, de confusão, e de assombro em tão profundo mistério, em um pego de misericórdias, em um abismo da Divindade, terminado em tão breves, e naturais acidentes.

3. Ao Sacramento da Ordem (mistério altíssimo da maior dignidade) pelas gradas dos graus da Igreja se sabe com toda a decência, e veneração; e desde a primeira tonsura até o caracter da maior dignidade se vay despojando o homem exterior de si mesmo e o homem interior crescendo em graças, e em bênçãos de Deus.

4. A Extrema-Unção Santíssima, quem a poderá admitir com distraimentos? Quem sem resignação humildíssima, à vista da morte, no último ponto da vida, armando-se para a maior batalha, e signando-se para o mais tremendo juízo?

5. Só o Sacramento do Matrimónio, gloriosíssima porta, quanto à propagação, da Igreja militante, parece que profanam os Fiéis com festas, e muitas loucuras, nada decentes a Cristãos, e pouco permitidos a Gentios. Aqui a desonestidade costuma presidir com a sua desenvoltura, triunfar a soberba com a sua ostentação, alimentar-se a gula com os seus banquetes, adorada, e servida com pompas, e excessos da vaidade: recebido ordinariamente este venerável Sacramento no mais fervoroso da idade, quando o sangue está desassossegado ao humano coração, e dando incentivos ao apetite, à opulência, à altivez, o vício, os jogos, os de divertimentos, os festins, os gastos excessivos, os empenhos da honra, e da vida, e da fazenda; sempre, pela maior parte, precedendo, ou seguindo ao matrimónio: com o que parece que ocasionamos antes o castigo com os excessos, que granjeamos a graça com o Sacramento. E porque tratando desta matéria, parece que só para nela se discorrer me veio por acaso que só para nela se discorrer me veio por acaso às mãos o livro primeiro das revelações de S. Brígida, nele achei; tivera a revelação, que direi, que é admirável para seguir o meu intento.

6. Não entendais que depois da Escritura Sagrada, dos Concílios, e de tudo o que é de Fé, há outra coisa mais aprovada pela Igreja, que as revelações com que ilustrou a alma desta Santa mulher o seu exposto JESUS Cristo; porque se examinaram com grandíssimo cuidado, e reconheceram pelos Pontífices Gregório XI e Urbano VI havendo-as visto primeiro por ordens suas Cardeais doutíssimos, e eminentes Teólogos, que com razões invencíveis as defendeu, e ilustrou; e se aprouveram também pelo Concílio Brasilense Pois a esta santa Alma disse seu Esposo Jesus Cristo, falando dos matrimónios da Lei da Graça, e as palavras que traduzidas em vulgar idioma, dizem assim.

(a continuar)

D. CARLOTA A DOM MIGUEL - Carta

D. Carlota, a mais injustiçada e difamada pela corja maçónica/liberal/revolucionária
(seu aniversário: 25 de Abril)
"Vamos agora a tratar de negócio mais importante a bem da Religião para segurança tua e Minha, e de toda a Nação Portuguesa; e mesmo de toda a Europa. Tu já saberás estas desgraçadíssimas notícias, que vieram do Rio de Janeiro, tudo isto é tratado pela corja pedreiral, que querem dar cabo de todos os Soberanos da Europa, e o primeiro de todos é de Nós Ambos. Peço-te muito encarecidamente que não jures esta maldita Constituição, nem queiras semelhante Casamento: a Nação inteira que é honrada não a quer; toda a tropa, toda a Magistratura, e o Clero são, não querem a maldita Carta Constitucional, nem querem o Pedro, (só querem a ti) nem se pode falar nele aos soldados, dizem blasfémias dele. Torno-te a pedir que não jures semelhante Carta Constitucional, nem querias tal casamento, nem ainda que vão ameaços de teu Irmão, ou mesmo de cá da Regência, ou do Nabarro que te queria intimidar, ou mesmo levar-te por com modo; não cedas a cousa alguma, e dize abertamente que não a queres jurar, porque está primeiro a salvação da Alma do que todos os bens do Mundo, tudo nele é transitório e acaba num instante, e a Alma perdida não se torna a recuperar; tem sempre Fé em Nossa Senhora da Rocha que nunca te há-de faltar. Eu também não juto, suceda o que suceder; e se tu chegas a jurar por desgraça tua e Nossa, dás o golpe mortal em ti, e em toda a Nação; e o primeiro de todos em Mim; porque o Alfange está levantado como estava quando te foste embora, ou ainda pior." (...) "estão emissários espalhados por esses Reinos por onde possas passar, para te assassinar, não te fies em ninguém." (...) "também não quero que ninguém saiba desta carta que Eu te escrevo; Eu te escreverei outra pelo Ministro para não mentires, dizendo que não tiveste carta minha." (da carta de D. Carlota a seu filho D. Miguel - finais de Julho de 1826)

Dia de S. JOÃO DE BRITO


"Hoje celebra-se o dia de São João de Brito, mártir jesuíta nascido em Lisboa em 1647. Inspirado pelo exemplo de São Francisco Xavier, deslocou-se até à Índia para se dedicar à evangelização, tendo sido martirizado neste dia, em 1693, em Oryur. O cutelo utilizado na execução do santo foi enviado para Portugal e o Rei D. Pedro II encomendou uma arca para o guardar. Infelizmente, o instrumento do seu martírio desapareceu, sabendo-se apenas que à data de expulsão da Companhia de Jesus, em 1759, a arca se encontrava em São Roque e o cutelo em Santo Antão-o-Novo, atual Hospital de São José. A arca-relicário foi feita por Henrich Mannlich, em Augsburgo, entre 1694 e 1698."
(Museu de S. Roque)

Arca relicário (Museu de S. Roque - Lisboa)