D. Carlota, a mais injustiçada e difamada pela corja maçónica/liberal/revolucionária (seu aniversário: 25 de Abril) |
"Vamos agora a tratar de negócio mais importante a bem da Religião para segurança tua e Minha, e de toda a Nação Portuguesa; e mesmo de toda a Europa. Tu já saberás estas desgraçadíssimas notícias, que vieram do Rio de Janeiro, tudo isto é tratado pela corja pedreiral, que querem dar cabo de todos os Soberanos da Europa, e o primeiro de todos é de Nós Ambos. Peço-te muito encarecidamente que não jures esta maldita Constituição, nem queiras semelhante Casamento: a Nação inteira que é honrada não a quer; toda a tropa, toda a Magistratura, e o Clero são, não querem a maldita Carta Constitucional, nem querem o Pedro, (só querem a ti) nem se pode falar nele aos soldados, dizem blasfémias dele. Torno-te a pedir que não jures semelhante Carta Constitucional, nem querias tal casamento, nem ainda que vão ameaços de teu Irmão, ou mesmo de cá da Regência, ou do Nabarro que te queria intimidar, ou mesmo levar-te por com modo; não cedas a cousa alguma, e dize abertamente que não a queres jurar, porque está primeiro a salvação da Alma do que todos os bens do Mundo, tudo nele é transitório e acaba num instante, e a Alma perdida não se torna a recuperar; tem sempre Fé em Nossa Senhora da Rocha que nunca te há-de faltar. Eu também não juto, suceda o que suceder; e se tu chegas a jurar por desgraça tua e Nossa, dás o golpe mortal em ti, e em toda a Nação; e o primeiro de todos em Mim; porque o Alfange está levantado como estava quando te foste embora, ou ainda pior." (...) "estão emissários espalhados por esses Reinos por onde possas passar, para te assassinar, não te fies em ninguém." (...) "também não quero que ninguém saiba desta carta que Eu te escrevo; Eu te escreverei outra pelo Ministro para não mentires, dizendo que não tiveste carta minha." (da carta de D. Carlota a seu filho D. Miguel - finais de Julho de 1826)
A liberalhada e a pedreirada temeram mais D. Carlota que ao próprio D. Miguel; ela via e não temia, D. Miguel não temia mas não via muito.
ResponderEliminarTremeram as lojas, e correram as difamações sobre ela em rios de imundice linguaruda!
Façamos memorial a D. Carlota e junto a D. Miguel. Isso de festejar D. Miguel é muito sonoro e até seguro. Mas que teria sido de D. Miguel sem D. Carlota de aviso? E que medo há que vencer hoje para comemorar aos dois, e não apenas a ele?
Caro Ascendens,
ResponderEliminarD. Miguel era mais novo e não tinha a Doutrina tão bem sistematizada quanto a D. Carlota Joaquina.
Não foram difamações contra D. Carlota, foram calúnias!
Os da dita Associação é que não devem ficar muito contentes com tal memorial...
Agora é que os da associação Casca Tradicionalinha vão chamar o Praga e o AiUrso para lhes darem aulas de como Carlota Joaquina é liberal, D. Miguel não é miguelista, e D. Pedro é defensor das liberdades tradicionais dos carlistas. Todos ali na aula contidos para soltarem o grito "viva la españa", que assim espantam a clientela, e depois o Presidente não adianta as suas relações profissionais com a Espanha.
ResponderEliminarEu não concordo com nada
ResponderEliminarConsta que o Brasil tem um "delegado de la Comunión Tradicionalista", o Dr. Ricardo Dip, que em Lisboa falou das "Españas lusitanas de Elías de Tejada", evento em que esteve AiUrso e outros "notáveis". Eles têm até "Delegado de la Comunión Tradicionalista en la Península italiana, doctor Maurizio Di Giovine"!! Gostaria de saber, oficial e claramente, quem é o Delegado para Portugal?!
ResponderEliminarAnónimo do 24 de Abril às 07:15,
ResponderEliminarpode ser para poupar, visto que estão tão perto, pode ser porque não abdicaram daquelas teses de café que dizem que Portugal é deles, e pode ser por qualquer outra coisa... e no fundo o que pensem não interessa, visto que conheço documentação da altura da formação da dita "comuniòn", e já falei nela em vídeo: os grupos auto-intitulados "tradicionalistas" divergiam, e concordaram abdicar dos pontos discordes para criar uma "união", para assim poderem subsistir e fazer número políticos (nada de novo). Tive em mãos documentação original da época, os seus objectivos políticos etc...
O "AiUrso", sem ofensa, preferia dizer "A-Uso", dinamiza as uniões de uma "nova-direita", que tenha como cabeça a Espanha. Ele sugere unir o Integralismo brasileiros ao "neo-tradicionalismo" português, aproveitando a força e a instituição Carlista já levantada no Brasil (cujas ideias já foram incutidas em alguns meios).
Quanto a nós, simples portugueses, que olhamos para isto e dizemos: não é isso que herdámos, não é isso compactível com o que foram os nossos antigos. Estamos vivos - não nos matem para termos que entrar no museu alheio como nomes e comentários inventados... Enfim... por alguma razão nos querem calados, por alguma razão nos caluniam, por alguma razão mentem a nosso respeito colocando na nossa boca a defesa daquilo que nunca dissemos, com alguma razão nunca tiveram para nós argumento que lhe valesse. É ou não é?
Entrar naquele ciclo é o fim do pouco que sobra.
Uma coisa é certa. Se falamos ou há confronto, quem perde mais entre todos é o "tradicionalismo" de Espanha, que ficaria com a careca descoberta. Assim se explica.
Tenho dito.
Ascendens e José Reis haja mais como vós. Deus vos guarde e proteja. Amen
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