Imaculada Conceição da Santíssima Virgem
(8 de Dezembro)
Padroeira Principal de Portugal
(festa de 2º classe - paramentos brancos)
«Tota pulchra es. Toda formosa és, ó Maria, e não há em vós mácula original.» Este grito de espanto, que faz de portada ao ofício da Imaculada Conceição, corresponde bem aos sentimentos, que dominam a humanidade, ao ver-se presa da sordidez do mal, na presença da pureza irradiante da Virgem Santíssima. Decretara Deus, desde toda a eternidade, fazer de Maria a Mãe do Verbo Encarnado e, por essa razão, a revestiu com as galas da santidade e lhe tornou a alma morada digna para seu Filho. A redenção total, que desde a Conceição, preservava a Senhora do contágio do mal, não deve separar-se da nossa própria redenção operada por Jesus Cristo. Colocada no coração do Advento, a festa da Imaculada Conceição anuncia os esplendores da encarnação redentora. Instituiu-a Pio IX, depois da proclamação do dogma, em 8 de Dezembro de 1864, mas esta solenidade tinha já, na história da Igreja, mais de um precedente.
Já no século VII se celebrou no Oriente a festa da Conceição da Virgem Santíssima e no século IX e XI vamos encontrá-la respectivamente na Irlanda e na Inglaterra. Estas festas antigas são a voz da Tradição a testemunhar, a respeito de Nossa Senhora, o culto ininterrupto da sua pureza imaculada, e Pio IX, definindo dogma a Imaculada Conceição, não fez mais que precisar, em termos teológicos, o que vinha sendo, através dos séculos, a Fé constante da Igreja.
(continuação, dia 10)
Sem comentários:
Enviar um comentário